terça-feira, 11 de maio de 2010

Ministério Público revela esquema de fraude em Bebedouro


Ministério Público revela esquema de fraude em Bebedouro
Terça, 11 de Maio de 2010 - 18h37

Segundo o MP, o grupo de empresários combinava os resultados das concorrências com os responsáveis pelas licitações e havia 'rodízio' de vencedores



O Ministério Público Estadual revelou como era o esquema que funcionava em Bebedouro para fraudar as licitações públicas na cidade. De acordo com o órgão, os depoimentos das 15 pessoas presas temporariamente na quinta-feira (5) da semana passada resultaram em novas provas.
O esquema foi descoberto pela operação ‘Cartas Marcadas’, realizada pela Polícia Civil, Ministério Públio e Fazenda Estadual.
De acordo com o MP, os documentos públicos e particulares apreendidos na operação e os depoimentos permitiram concluir que o esquema começou em fevereiro de 2009, quando um grupo de empresários e funcionários públicos se uniram para fraudar as licitações de obras públicas, que tiveram valores variados.
O esquema resumia-se em um acordo entre algumas empresas do ramo de construção e funcionários públicos do alto escalão envolvidos nas licitações. Era um esquema de rodízio combinado, em que cada empresa ganhava uma obra.
Segundo o MP, o grupo de empresários combinava os resultados das concorrências. Uma empresa era escolhida para vencer determinada licitação e as demais participavam do certame enviando propostas com preços superiores, previamente acertados entre o grupo.
O Ministério Público conclui também que o sistema dependia da participação dos funcionários públicos, que convidavam para participar das licitações somente as empresas participantes do esquema. Para isso, Gelson Ginetti, que desde 2009 ocupa o cargo de Diretor de Planejamento do Município e a presidência da Comissão Municipal de Licitações da Prefeitura de Bebedouro, acertava com os empresários da construção civil quais seriam as firmas convidadas a cada licitação.
Após os depoimentos e recolhimento de provas, segundo o Ministério Público, a Justiça de Bebedouro entendeu não haver motivos para a prorrogação da prisão dos envolvidos. Por isso, não foi pedida a prorrogação da prisão temporária e eles deverão aguardar novas decisões da justiça em liberdade.

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